domingo, 30 de outubro de 2016

Testemunhas de Jeová usam mentiras e imagem do Papa para se promover

Por Fernando Nascimento

Testemunhas de Jeová difundem na internet artigo com a seguinte notícia falsa:


“Segundo um jornal de destaque na Itália, a Igreja Católica, por exemplo, ressoou um “grito de alarme” porque anualmente aproximadamente 10.000 católicos se tornam Testemunhas de Jeová (TJs.). Os clérigos não desejam perder os seus rebanhos, justamente para um grupo minoritário em quantidade. Mas quais são as técnicas de sucessos utilizadas pela Testemunhas para angariar tantos adeptos? Pergunta esta feita por inúmeros dirigentes da Igreja Católica, os quais receberam o aval papal para que descobrissem as causas.

Sob o prisma religioso, os mais perigosos são de fato as Testemunhas de Jeová porque elas são muito bem treinadas e tem uma bíblia nas mãos sempre, disse o jesuíta italiano Giuseppe De Rosa. A conclusão semelhante chegou a revista jesuíta no Vaticano, La Civiltà Cattolica, quando escreve que “o 1.º motivo para a propagação do movimento são as estratégias de pregação feita de forma minuciosa, de casa em casa por indivíduos muito bem treinados para este fim e os mesmos estão convencidos da veracidade do que falam. O 2.º motivo é o poder de atração das boas novas do seu Deus Jeová, que é capaz de sustentar, satisfazer as demandas, anseios e desejos do ser humano nos instáveis tempos modernos”.

A mesma revista católica ainda aborda a existência de uma “3.ª razão para o êxito de crescimento das TJs, que é conferir aos seus membros uma acolhida fraterna nos seus locais de adoração”, o que faz total sentido, já que conforme algumas pessoas, elas dizem viver em um mundo competitivo e egoísta voltado para si próprio.”


A VERDADE:

Tudo que você acabou de ler é mentira. Eles sequer disseram qual seria o “jornal de destaque na Itália” que publicou isso. Veja nesse artigo do site italiano "conoZe.com" o que na verdade disse o jesuíta Giuseppe De Rosa na Revista La Civiltá Cattolica:

[Em um artigo a ser publicado na próxima edição de "La Civiltà Cattolica", padre Giuseppe De Rosa diz que as Testemunhas de Jeová "não são cristãos" porque "deturparam as Sagradas Escrituras" não tem uma vida "estritamente religiosa" e o que é talvez pior, sofrem com a organização "uma espécie de plágio mental" que leva a quebrar qualquer relação humana com quem não faz parte da sua organização.

Para asseverar cada uma dessas declarações, a revista dos jesuítas oferece uma série de provas. Por exemplo, não se podem definir como cristãos, porque negam dois dogmas sem a qual não haveria Cristianismo: a Trindade e a divindade de Jesus, Filho de Deus encarnado.
Embora as Testemunhas de Jeová se definam como os "únicos verdadeiros cristãos", para eles "Jesus não é Deus, mas é a primeira criatura de Deus e identificado com o arcanjo Miguel."

Logo, "têm uma Bíblia própria que não é a hebraico-cristão" e é traduzida "de modo a confirmar a doutrina jeovista" com "falsificação no essencial, para fazê-la dizer coisas que ela não diz, ou para fazê-la dizer o oposto do que diz".

No jeovismo também não há "práticas religiosas e vida sacramental". O batismo dos Testemunhas de Jeová, diz De Rosa, "não é um sacramento, mas o sinal dado aos outros que fizeram a decisão de servir a Jeová. E apenas uma vez por ano tem uma reunião em massa para comemorar a morte de Jesus". A cerimônia inclui uma solene oração, uma canção, um lembrete do que Jesus fez na Última Ceia e da "passagem de símbolos", ou seja, o pão e o vinho, mas nem todos assumem, senão quem sente que faz parte dos 144.000 "ungidos" que destina-se a estar com Jesus no céu, enquanto todas as outras testemunhas de Jeová viverão em uma espécie de paraíso terrestre.

O fato das mudanças na data do fim do mundo, 1874, 1914, 1925, 1975, para uma data "iminente não especificada" não causaram uma crise no jeovismo e é explicável pelo "martelar psicológico contínuo" a qual seguidores são submetidos. Isso provoca "a destruição do que é mais propriamente humano no homem: sua capacidade de pensar de forma independente, de raciocinar e exercer a capacidade crítica na sua liberdade." Sem contar, argumenta La Civiltà Cattolica - "que são sumamente  censuráveis à concepção de Deus, e até mesmo induzem a considerar estranhos e a evitar, todos aqueles que não são Testemunhas de Jeová."

Pergunta padre De Rosa: "Como pode Deus, o Deus verdadeiro, querer que você não deva praticar uma transfusão de sangue para uma criança que está condenada a morrer? Um Deus que quer uma coisa dessas pode ser verdadeiramente Deus?"

Jeová - conclui o artigo - não é o Pai e amigo de todos os homens. Reconhece como seus só as Testemunhas de Jeová e só para eles havia preparado o paraíso terrestre. Para todos os outros homens a destruição e o extermínio." Em suma, "um Deus exterminador de milhões de homens."  http://www.conoze.com/doc.php?doc=1196

Acima está posto o que de fato Giuseppe De Rosa pensa das Testemunhas de jeová. 
Tudo isso é vergonhoso para um grupo religioso que inventa nome para Deus (Jeová) e se promove chafurdando na mentira fazendo uso da credibilidade da Igreja Católica.

Tal alarde falso, soa como uma cortina de fumaça para esconder a grande baixa que tiveram recentemente na Russia, pois a Suprema Corte daquele país, baniu totalmente as Testemunhas de Jeová. Segundo a decisão, a denominação foi considerada uma "organização extremista", que agora terá de entregar todas as suas propriedades para o Estado - são pelo menos 395 templos espalhados pelo território russo. 
http://www.bbc.com/portuguese/internacional-39663034

Se a Igreja Católica jamais "ressoou grito de alarme" por causa das Testemunhas de Jeová, agora muito menos faria isso.

Encerramos essa refutação mostrando um vídeo bem interessante sobre o insucesso de duas jeovistas diante de um sacerdote católico em plena missa. É uma peça teatral, mas serve para mostrar o frágil argumento jeovista:
https://gloria.tv/video/H88ESTZe8qQS313jFPuiiZ34Y


Fim da farsa.