segunda-feira, 9 de outubro de 2017

31 de outubro protestante: dia de lamentar




Neste mês de outubro, mais precisamente no dia 31, os protestantes de todos os matizes pretendem comemorar a "reforma" luterana. Mas a "reforma" luterana é, antes, lamentável. É deplorável. Porque até Martinho Lutero deplorou o que fez. Em raro momento de lucidez, ele deplorou. E deixou consignado o seu tormento:


"Ninguém é capaz de imaginar quanto custa e que suplício é para um homem ensinar e crer uma doutrina que não admitem os Padres da Igreja. Que agitações no seu coração pensar que tantos homens excelentes, esclarecidos, doutos e por assim dizer a maior e melhor parte do mundo cristão acreditaram e ensinaram tal e tal artigo e, com eles, tantas almas santas, os Ambrósios, os Jerônimos, os Agostinhos! Parece-nos ouvi-los, em gritos de angústia, repetir em coro: A Igreja! A Igreja! E a alma se confrange de dor suprema! Oh! é na verdade uma prova rude...separar-se de tantos personagens santos...romper com a própria Igreja e não ter nem fé nem confiança nos próprios ensinamentos...Não posso negar a angústia e a perturbação que me causam muitas vezes estes pensamentos..." (Erl. XLVI, 266-229; LX, 82.)


Não deveriam essas palavras desestimular qualquer intento de comemoração? Não são elas um verdadeiro tapa na cara dos "evangélicos"? Mas os protestantes propagandeiam a comemoração.

 "Apologistas" protestantes improvisados, pouco afeitos ao estudo da História, gritam os "triunfos" da "reforma", encabeçada pelo monge que... a deplorou! Sim! Que seja reafirmado e fique bem claro: Lutero deplorou o que fez. E deplorou com razão.

Porque há 1.500 anos estava o Cristianismo vigente no mundo. A Igreja, então, existia e caminhava na História. A Instituição de Cristo atravessava os séculos, incólume às investidas da heresia, travando contra elas as mais acirradas batalhas. Suportava com bravura, porque firmada no rochedo de Pedro, todas as tentativas seculares de destruí-la. As portas do inferno não prevaleciam, como nunca prevaleceram e jamais prevalecerão. Porque Cristo não é mentiroso.

Não obstante atravessar algumas crises, desencadeadas, de maneiras várias e com desdobramentos diversos, por elementos menos dignos, muitas vezes alojados em seu próprio seio, a Igreja ainda era a Igreja. Guardiã, intérprete e propagadora da verdade revelada.

Lutero sabia disso. Daí o seu lamento. Não havia, pois, lugar para "reforma". Não uma reforma como a que desejam comemorar agora. Porque não foi uma autêntica reforma. Foi uma revolta. Foi uma rebelião, cujos corifeus jogaram na lama a unidade querida por Cristo para a Sociedade que estabelecera. Introduzindo doutrinas claramente corruptoras da verdadeira fé. Da fé dos Pais, como lembrou o próprio heresiarca. Da fé de sempre, como lembramos nós.

Comemorar a "reforma" é celebrar a discórdia, aplaudir a insubordinação das almas à obra de Cristo, Nosso Senhor. Obra que continua, em que pesem os sonhos de legitimidade do protestantismo alienígena.


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Por Maria,

Fábio Morais.