quarta-feira, 28 de março de 2012

SBB publica a Septuaginta e acaba mentira protestante



Por Fernando Nascimento

Era praxe no meio protestante, sacarem do seu paiol de mentiras estratégicas a afirmação: “a Igreja Católica colocou sete livros na bíblia em 1546, no concílio de Trento. Estes livros são “apócrifos”, “espúrios”, "escondidos", "secretos", "obscuros". Faziam isso com diabólica intenção de caluniar a Igreja Católica.

Recentemente a SBB – Sociedade Bíblica do Brasil, que publica as bíblias protestantes no Brasil, acabou com séculos de mentiras protestante, quando para a surpresa de todos, publicou a Septuaginta, ou seja, uma bíblia que reúne os livros do Velho testamento, usada pelos apóstolos de Jesus e que contém os sete livros que os protestantes arrancaram e caluniavam que a Igreja Católica os havia “acrescentado”.

De sorriso amarelo, a SBB publicou o seguinte texto que promovia a obra, os grifos são meus:

Septuaginta (ou Tradução dos Setenta)
Esta foi a primeira tradução. Realizada por 70 sábios, ela contém sete livros que não fazem parte da coleção hebraica, pois não estavam incluídos quando o cânon (ou lista oficial) do Antigo Testamento foi estabelecido por exegetas israelitas no final do Século I d.C.

A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua Bíblia. Eles são chamados apócrifos ou deuterocanônicos e encontram-se presentes nas Bíblias de algumas igrejas.

Esta tradução do Antigo Testamento foi utilizada em sinagogas de todas as regiões
do Mediterrâneo e representou um instrumento fundamental nos esforços empreendidos
pelos primeiros discípulos de Jesus na propagação dos ensinamentos de Deus.
(Após nossa denúncia a SBB excluiu esse texto que estava no endereço: http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=45  ). Mas o Fimdafarsa obteve o print screen da página antes de ser excluída, gentilmente cedida pelo apologista católico Cristiano Macabeus. (Clique na foto para ampliar)



Vamos por partes, fazer as devidas correções no despistador texto da SBB:

1- Diz a SBB: “Esta foi a primeira tradução. Realizada por 70 sábios, ela contém sete livros que não fazem parte da coleção hebraica, pois não estavam incluídos quando o cânon (ou lista oficial) do Antigo Testamento foi estabelecido por exegetas israelitas no final do Século I d.C.”

Observação: os sete livros não fazem parte da coleção hebraica, porque essa tal coleção hebraica é posterior a coleção cristã, é do final do primeiro século e foi feita pelos judeus que perseguiram Jesus e queriam extirpar os livros com temática cristãs do meio judaico, mas os cristãos usavam sim esses sete livros recusados pelos fariseus e protestantes. Confirmando isso diz a SBB que vende bíblias com a coleção hebraica, sem os sete livros, em vergonhosa contradição: A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua Bíblia”. Detalhe: a “Igreja primitiva” é a Igreja de Jesus, a mesma e milenar Igreja Católica.

2- Diz a SBB: “Eles são chamados apócrifos ou deuterocanônicos e encontram-se presentes nas Bíblias de algumas igrejas.”

Correção: os sete livros são chamados “apócrifos” só pelos inimigos de Cristo que os excluíram de seu particular cânon judaico, feito só no final do primeiro século. Deram-lhes malandramente o nome de “apócrifos” para desclassificá-los, e os protestantes engoliram isso e se acomunaram aos escarnecedores de Jesus.

"Apócrifos" sempre significou: [escritos de assunto sagrado não incluídos pela Igreja no Cânon das Escrituras autênticas e divinamente inspiradas.] (Dicionário Enciclopédia. Encarta 99).

Ou seja, “apócrifos” são os livros que ficaram fora do Cânon da Igreja, e os sete livros que estão na Septuaginta, estão sim no Cânon da Igreja, e a SBB provou isso dizendo: A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua Bíblia”.

3- Diz a SBB: Esta tradução do Antigo Testamento foi utilizada em sinagogas de todas as regiões do Mediterrâneo e representou um instrumento fundamental nos esforços empreendidos pelos primeiros discípulos de Jesus na propagação dos ensinamentos de Deus.

Ou seja: a SBB está simplesmente confessando que a Septuaginta, já continha os sete livros da bíblia católica que os protestantes arrancaram. Como é doce ler essa confissão:  “foi utilizada em sinagogas de todas as regiões do Mediterrâneo e representou um instrumento fundamental nos esforços empreendidos pelos primeiros discípulos de Jesus na propagação dos ensinamentos de Deus.

Isso explica o porquê dos sete livros já se encontrarem, inclusive, na Bíblia de Gutemberg, impressa mais de meio século antes da Reforma Protestante.
A Bíblia de Gutemberg pode ser acessada e integralmente consultada na Biblioteca Britânica, neste link: http://molcat1.bl.uk/treasures/gutenberg/search.asp

Lutero traduziu para o alemão os sete livros. Na sua edição alemã datada de 1534, o catálogo é o mesmo dos católicos. A sociedade Bíblica protestante até o séc. XIX incluíam os sete livros em suas edições da Bíblia. Depois disso os excluiu, e para justificar essa grave blasfêmia, criou um mar de calúnias contra a Igreja Católica e cada livro. Ainda hoje os protestantes costumavam levianamente insultar cada livro que arrancaram com uma mentira diferente.

Logo, o que o protestantismo usa não é a bíblia, mas o cânon farisaico do Velho Testamento, junto ao cânon católico do Novo Testamento.  Logo o que o protestantismo prega não é a verdade, mas a Mentira, esse instrumento do Diabo.

“Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira”. (Jo 8,44).

Entenda a sacanagem da SBB para com os protestantes:

A bíblia protestante “Almeida”, que contém o novo e o velho testamento faltando sete livros arrancados pelos protestantes, é vendida pela SBB por R$ 47,90, no dia em que foi feita essa refutação.

A mesma SBB, dos protestantes que retiraram os sete livros da bíblia, agora está vendendo a Septuaginta, do início do cristianismo, que contém os sete livros que eles retiraram, por: R$ 172,00.

Isso é hilário. E finalmente, acabou a lorota protestante de que a Igreja "colocou 7 livros na bíblia". 

Fimdafarsa.